Seleção de 82. Não temos mágoa daqueles perdedores!

Meu Deus, trinta anos se passaram e aquele time ainda não foi esquecido por muita gente.

Trinta anos se passaram e quem teve o privilégio de ver aquela seleção jogar ainda se pergunta como ela não foi campeã do mundial de 1982 na Espanha.

Para muitos, aquela foi a última seleção mágica que o Brasil conseguiu formar.

Brasil e Itália na Copa de 82 foi um daqueles jogos que ultrapassaram a barreira dos 90 minutos, pois além de definir a vaga na semifinal, a partida também determinou o que seria o futebol nos anos seguintes. Tínhamos uma geração de craques, um técnico que amava o futebol ofensivo, e um retrospecto totalmente a nosso favor. O tetra viria com certeza, mas como dizem os antigos, o futebol é uma caixinha de surpresa.

Há quem diga que a seleção italiana quando soube que iria enfrentar o Brasil, tratou logo de arrumar as malas. Esperavam certamente um bis da copa de 1970, porém, mais cedo.   

Até hoje nunca conseguimos entender o que realmente aconteceu naquele fatídico 05/07/82 no estádio Sarriá. Como um time tão bom, tanto em nomes como no futebol apresentado, pôde perder não para a seleção italiana, mas sim, para Paolo Rossi, que por incrível quem pareça, quase colocou a cabeça do técnico Enzo Bearzot, na bandeja, por ter passado a primeira fase da copa em branco. Queriam Rossi fora do time, mas os deuses do futebol, caprichosos como sempre, acharam de brindar a teimosia de Enzo com o êxito de Rossi contra o Brasil.  O jogo acabou 3x2 para a azurra. É desnecessário contar detalhes de como jogava aquele time, e também enfadonho e doloroso, falar sobre aquele jogo, mesmo para mim, que não era nem nascido no dia em que nós sofremos o segundo maracanaço da nossa história, jogando em terras espanholas. O vídeo vai falar um pouco mais sobre esse sentimento, convido todos amantes do bom futebol a assisti-lo: http://www.youtube.com/watch?v=zZxvYy5-ekI&feature=related